“A presente invenção contribui para a redução dos impactos ambientais relacionados ao descarte das cascas de laranja no meio ambiente e ao resíduo químico gerado pelas indústrias para produção de pectina e xilo-oligossacarídeos”, conta à Agência FAPESP Manoela Martins, doutoranda em engenharia de alimentos pela Unicamp, pesquisadora que participou do estudo e bolsista da FAPESP.
Os procedimentos técnicos permitiram a produção de pectina com mais de 80% de pureza, tornando possível a reciclagem das cascas de laranja e reduzindo a quantidade de resíduos enviados aos aterros sanitários. O reaproveitamento desses resíduos é uma maneira de promover a economia circular e contribuir para a sustentabilidade.
Martins ainda acrescenta que o processo integrado otimiza a utilização de água e solventes e reduz os custos operacionais, o que agrega valor à matéria-prima e aumenta a lucratividade. “A alta disponibilidade de resíduos de laranja permite que o processo seja operado ao longo de todo o ano para suprir as demandas do mercado de pectina e xilo-oligossacarídeos. A tecnologia tem o potencial de ser operada em uma planta industrial que já processe laranja ou resíduos de laranja, reduzindo os investimentos iniciais de instalação”, destaca.
A pesquisa foi financiada pela FAPESP e coordenada pela professora Rosana Goldbeck Coelho. Os pesquisadores entraram com pedido de patente da invenção no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
* Com informações da Inova Unicamp.