TMA mostra na Agrishow o “tratorbordo” sem eixo dianteiro

Um trator acoplado a um transbordo de cana chama a atenção dos visitantes no estande na Agrishow da TMA, indústria de equipamentos para cana de Ribeirão Preto (SP), por sua inovação.

O trator de 130 cv não tem eixo dianteiro e apresenta apenas duas rodas. O eixo do “tratorbordo” VTT 5022 H foi deslocado para a parte final do transbordo, uma espécie de caçamba que circula pela área agrícola puxada por um trator para receber a carga da colheitadeira.

O equipamento em destaque no estande é um protótipo recheado de tecnologia que vem sendo desenvolvido pela fábrica há um ano e meio e que será testado no campo a partir de junho. Ainda não há previsão de preço nem de quando estará no mercado.

Segundo Márcio Leão, gerente corporativo da TMA, o equipamento conceito entrega uma economia de combustível de 50% e demanda um trator menos potente do que o modelo de 230 cv que seria o necessário para puxar a carga de 50 metros cúbicos (ou 22 toneladas) de cana.

Em teste de campo, o tratorbordo consumiu 4,5 litros/hora, metade da quantidade de litros de uma operação com o transbordo convencional.

“O conjunto ainda garante um pisoteio próximo a zero das linhas de cana porque faz manobras em um raio muito menor que o convencional e uma versatilidade na operação canavieira porque, após a colheita, o trator pode ser desacoplado, receber seu eixo dianteiro novamente e atuar no plantio e tratos culturais”, informa o executivo.

VTT 5022 H

Lançamentos

A empresa, líder nacional em transbordos de cana com modelos de 24 m³ a 94 m³ e preços de R$ 220 mil a R$ 1,25 milhão, lança na feira dois transbordos de 50 metros cúbicos e uma carreta de aplicação de vinhaça equipada com células voltaicas que gera uma economia de 20% no combustível, item que representa cerca de 38% do custo total da colheita.

O transbordo 5022 LB tem transmissão hidráulica e uma inovadora célula de carga (balança) que registra em tempo real, e em movimento, a quantidade de matéria-prima depositada na caçamba, e avisa quando o peso alcança o limite permitido, o que impede erros de pesagem que podem acarretar multas às usinas. A célula de carga passa a equipar todos os transbordos da empresa.

Já o 5022e, também de 50 metros cúbicos, tem tração elétrica, o que significa que ele não será apenas puxado pelo trator, mas será ativo no movimento.

A economia de combustível é estimada em 10% e tem também o ganho ambiental da operação. Outra vantagem é que pode ser acoplado a um trator de porte menor de 140 cv ao invés de um modelo mais caro de 240 cv. A tração elétrica se desliga automaticamente quando não é mais necessária.

A carreta, equipamento fabricado pela TMA desde 2015 que ganhou protagonismo no ano passado com a crise dos fertilizantes causada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, sai de fábrica na versão elétrica com opcionais de células fotovoltaicas para o acúmulo de energia na bateria.

Embora o preço seja maior em relação ao equipamento comum, o custo de operação é menor em cinco anos, segundo Leão. “É possível trabalhar com um trator menor por ter tração elétrica na carreta.”

Caminhão

Outra novidade apresentada pela TMA na Agrishow na categoria ainda não comercial é um caminhão de transbordo desenvolvido em parceria com a Volvo.

O veículo recebeu a tecnologia da indústria de Ribeirão e volta agora para a fabricante de caminhões para ter todas as suas funcionalidades validadas antes de ir para os testes em campo.

Segundo o diretor comercial, o caminhão de transbordo está ganhando mais espaço na lavoura de cana, mas o domínio permanece com as carretas. Em 2022, o setor vendeu cerca de 900 transbordos de cana e 400 caminhões de transbordo.

Via Globo Rural.

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