O relatório de acompanhamento de safra referente à primeira quinzena de setembro, divulgado pela União da Indústria Sucroenergética (UNICA), revela que a quantidade de cana-de-açúcar processada pelas usinas do Centro-Sul , no acumulado desde o início do ciclo 2020/2021 até 16 de setembro, a moagem somou 459,45 milhões de toneladas – crescimento de 4,56% no comparativo com o mesmo período do último ciclo agrícola.
“O clima seco dos últimos meses favoreceu a operacionalização da colheita e permitiu esse crescimento de 20 milhões de toneladas na moagem registrada até o momento”, destaca o diretor técnico da UNICA, Antônio de Pádua Rodrigues.
Em relação ao número de usinas em operação, 258 empresas registraram produção até dia 16 de setembro, ante 257 unidades industriais em igual data do último ano. Na primeira quinzena de setembro, 1 unidade de Goiás e 2 unidades de São Paulo já encerraram precocemente a safra 2020/2021.
O ritmo acelerado da safra 2020/21
Para especialistas no setor, o ritmo acelerado da safra 2020/21 pode ter provocado dois fatores, um negativo: a colheita de áreas de cana-de-açúcar antes do período ideal, com possível prejuízo de produtividade e qualidade. O outro positivo: ao antecipar o corte, a cana deixou de sofrer os danos da seca prolongada, mantendo a qualidade da matéria-prima desta safra em alta.
+ LEIA MAIS: Quanto de palha fica no campo depois da colheita de cana-de-açúcar?
No balanço geral, o setor não tem o que reclamar, até o momento da qualidade da matéria-prima desta safra. Segundo o relatório divulgado pela UNICA, a qualidade da matéria-prima processada na primeira quinzena de setembro, mensurada a partir da concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), aumentou 3,15%, atingindo 159,09 kg por tonelada em 2020, contra 154,23 kg verificados na mesma quinzena do último ano. No acumulado, o indicador assinala 141,24 kg de ATR por tonelada, com aumento de 4,49% em relação ao valor da safra 2019/2020.