Subproduto da cana-de-açúcar, a vinhaça foi descartada pelos produtores rurais por muito tempo. Até que pesquisas revelaram grande valor nutricional nela (principalmente em potássio), o que a inseriu no radar dos agricultores como alternativa de adubo natural. Ainda mais com o início da Guerra da Ucrânia, que afetou a importação de fertilizantes do Brasil.
A mudança afetou o dia a dia dos produtores e também o mercado de máquinas, que passou a fabricar implementos para tal finalidade. Mas em tempos de produtividade, onde cada segundo e cada centavo vale a pena, uma máquina que pode ser utilizada em mais de uma etapa do ciclo operacional tem a preferência do produtor.
O assunto foi tema de uma reportagem do site da Revista GloboRural, assinada pela jornalista Eliane Silva. Ela entrevistou o diretor comercial da TMA Máquinas, Márcio Leão, para entender esse nicho que a empresa inovou e atende desde 2015, quando surgiu uma demanda específica para a Usina São Martinho.
Leão explicou a evolução do produto, que atualmente conta com as versões para 22,5 mil e 35 mil litros, e falou da alta procura. “Em abril, vamos virar a fábrica para a produção 100% de carretas. Devemos passar a fabricar 16 unidades por mês e só não aumentamos mais porque enfrentamos, desde o ano passado, dificuldades para receber os componentes eletrônicos da carreta, além de tanques e bombas”, disse.
De acordo com ele, que estava fechando a venda de três carretas aplicadoras de vinhaça em São José do Rio Preto-SP no dia da entrevista, a venda média anual deve subir de 60 para 150 unidades em 2022.