Tanto europeus e americanos classificam o etanol produzido aqui no Brasil com os melhores índices de sustentabilidade do mundo. Perante a União Europeia, por exemplo, nosso etanol de cana-de-açúcar é reconhecido como um biocombustível de promoção de energia renovável (I e II). Isso significa que o etanol brasileiro é um dos que mais reduz as emissões de gases de efeito estufa (GEE) comparado com o combustível fóssil.
Essa classificação é dada através da Renewable Energy Directive (RED), uma diretiva ambiental sobre energias renováveis e que compõe a legislação da União Europeia. Além disso, ainda conforme a RED, o etanol brasileiro apresenta baixo risco de provocar mudanças indiretas no uso da terra. Entre 2008 e 2017, as plantações no País tiveram apenas 2,2% de avanços sobre terras de alto teor de carbono, segundo os europeus.
O Brasil nos Estados Unidos
Já nos EUA, o nosso etanol é classificado como combustível avançado no âmbito da legislação do país norte-americano, uma vez que supera o patamar de 60% de redução das emissões de GEE (entre 61% e 90%).
Essa classificação é estabelecida pelo Renewable Fuel Standard, um programa federal de apoio a biocombustíveis, criado pela Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês).
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Apesar de o etanol de cana-de-açúcar ser de primeira geração (obtido da própria cana), seu desempenho ambiental equivale à redução de emissões previstas para o etanol de segunda geração (que pode ser obtido da biomassa da cana e de outros vegetais).
Não é à toa que o etanol brasileiro teve a sua comercialização permitida no Estado da Califórnia, que tem as exigências mais restritivas do mundo quanto a emissão de GEE e de poluentes atmosféricos.